terça-feira, 24 de novembro de 2009

Terceira idade: Tratamento de doenças mentais exige cautela


Não existe um teste clínico específico que permita a detecção de um diagnóstico correto da doença de Alzheimer.

O diagnóstico é efetuado por meio de uma boa conversa com o especialista e de dados clínicos e laboratoriais que ajudam a excluir a suspeita de outras doenças.

O grande desafio da medicina neurológica é o "subdiagnóstico", ou seja, quando o paciente começa a apresentar alguns dos sintomas da doença, como: perda dememória de fatos recentes, dificuldade na execução das atividades domésticas e manuais, desorientação, dificuldade em fazer contas, em geral.

Nessas situações, a primeira reação dos familiares é dizer que o "vovô (ou a vovó) está ficando velho (a)".
Isso porque a maioria das pessoas encara esses distúrbios de comportamento como “coisas” normais da idade e custam a entender que devem levar o paciente ao médico com a máxima urgência.

Com o passar do tempo, quando os familiares percebem que os distúrbios de comportamento se tornaram mais sérios, pode ser tarde demais, e a doença já estar em uma fase considerada grave.

Por essa razão é muito importante conscientizar a população de que aos primeiros sinais dos distúrbios comportamentais da "velhice", os pacientes devem ser submetidos a uma consulta com especialista e, se for o caso, iniciar o tratamento rapidamente.

Investigando as causas

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta o cérebro e ainda não tem cura.

Ela causa comprometimento da memória, do raciocínio e do comportamento, atingindo aproximadamente 15 milhões de pessoas em todo o mundo, e de 600 mil a 1 milhão no Brasil.

Em geral, o declínio das funções intelectuais ocorre num período de dois a 10 anos, culminando com a total dependência e até mesmo a morte.

A boa notícia é que a ciência começa a encontrar alternativas para adiar o processo de degeneração dos neurônios, característica da doença, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes e aos familiares.

Conforme o doutor em neurologia Paulo Caramelli, o tratamento dos sintomas comportamentais em pacientes com demência deve obedecer a uma seqüência de atitudes por parte do médico. Inicialmente devem ser investigadas possíveis causas, além da própria doença neurológica.

Ele cita, por exemplo, infecções do trato urinário ou do trato respiratório ou ainda mudanças no ambiente em que o paciente vive.

“Essas são causas reconhecidas de piora comportamental em pacientes com demência”, observa.

Nesses casos, no seu entender, a rápida identificação e intervenção – muitas vezes não farmacológica – podem solucionar o problema.

Primeira opção


Nos casos em que não há nenhum fator desencadeante além da própria doença, o tratamento medicamentoso está indicado.

“Sabemos que as medicações de ação colinérgica, que são aprovadas para o tratamento dos sintomas da doença de Alzheimer leve a moderada, também são eficazes para os sintomas comportamentais, como apatia, alucinações, delírios, agitação”, ressalta Caramelli, salientando que há consenso hoje de que essas medicações sejam a primeira opção terapêutica nesses casos.

Nos pacientes que não exibem melhora dos sintomas comportamentais ou ainda naqueles em que a melhora é parcial, os antipsicóticos são comumente prescritos, e preferência é dada usualmente aos antipsicóticos atípicos, pelo fato de apresentarem menos efeitos colaterais.

Entretanto, após recentes constatações feitas pelo FDA, o uso desses medicamentos em pacientes idosos com demência deve ser revisto.

Cautela e acompanhamento


O especialista explica que há muitos pacientes com demência, especialmente doença de Alzheimer, que fazem uso de antipsicóticos atípicos para controle de sintomas comportamentais e nos quais a introdução desses medicamentos trouxe claro benefício.

Naqueles pacientes em que os sintomas comportamentais persistem, o desafio para os médicos continua.

“Teremos que atuar de maneira mais cautelosa e buscando identificar as melhores alternativas de tratamento, tanto farmacológico quanto não farmacológico”, insiste Paulo Caramelli.

Os chamados antipsicóticos clássicos ou típicos, de acordo com o médico, poderão ser empregados, sempre com extremo cuidado nas doses prescritas e com acompanhamento freqüente.

“Algumas medicações antidepressivas têm efeitos sobre determinados sintomas comportamentais das demências e podem ser empregadas em casos selecionados”, frisa.

Paulo Caramelli faz questão de salientar que o tratamento dos sintomas comportamentais das demências deve sempre incluir medidas não farmacológicas.

Mudanças no ambiente (por exemplo, mudança de quarto ou dos móveis com os quais o paciente está acostumado) ou formas inadequadas de assistência (por exemplo, durante o banho) são fontes comuns de agitação ou mesmo de agressividade.

A identificação dessas possíveis causas de piora comportamental depende de uma entrevista detalhada por parte do médico, que em seguida poderá fornecer aos familiares e cuidadores orientações mais adequadas e individualizadas para aquele caso em especial.

domingo, 22 de novembro de 2009

Gordura abdominal: perigo para o coração

A gordura localizada, principalmente na região da barriga, deve servir de alerta para doenças cardiovasculares.

Um estudo que vem sendo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Instituto do Coração (Incor) da Universidade de São Paulo (USP) apontou que o indivíduo barrigudo tem mais chances de sofrer de infarto ou outra patologia ligada ao coração.

O médico geriatra e professor da disciplina de Geriatria da UEL, Marcos Cabrera, explica que a pesquisa vem sendo realizada há oito anos, com um grupo de pessoas acima de 60 anos.

Ele destacou que a obesidade global é um fator de risco para problemas no coração, porém quando a gordura é localizada, o risco é maior.

O pesquisador comenta que a inconveniente barriguinha geralmente aparece nos homens a partir dos 30 anos e nas mulheres acima dos 40 anos.

O crescimento da região abdominal, diz Cabrera, é próprio do envelhecimento do ser humano, que com o passar os tempo, ingere mais alimentos e gasta menos energia.

Porém hábitos de vida e alimentação podem contribuir para isso. “O ideal é praticar exercícios físicos e ingerir alimentos com menos açúcar e gorduras”, falou.

O geriatra diz que devem ficar em alerta as mulheres que têm uma circunferência abdominal acima de 88 centímetros, e homens com mais de 90 centímetros.

Mudança

A chamada “barriguinha de cerveja”, diz o especialista, não passa de um mito, já que não é só a bebida que contribui para o aumento da barriga.

“Claro que ela tem sua participação, pois a cerveja possui mais de 500 calorias”, disse.

Outro mito é dizer que é comum engordar depois do casamento.

“Isso geralmente acontece porque as pessoas passam dos 30 anos, idade em que o corpo começa a envelhecer”, explicou.

A lipoaspiração não é um método eficaz para reduzir a barriga, pois nesse processo é aspirada a gordura periférica, e não a que fica próxima das vísceras.

“A lipo só resolve para os pneuzinhos e não para abdome aumentado”, disse.

O mesmo vale para exercícios abdominais, que segundo o médico só fortalece os músculos e não diminui a barriga.

Para muitos, terceira não, melhor idade

O Brasil está envelhecendo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025 o País será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas.

O Brasil tem hoje uma população de mais de 30 milhões de pessoas com mais de 50 anos, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas será que essa população, maior do que a da Venezuela, tem seus direitos respeitados e, acima de tudo, vive melhor do que seus antepassados, que tinha menor expectativa de vida?

“As necessidades básicas do idoso são as mesmas de um adolescentes: amor, calor familiar, segurança e necessidade de ser útil”, afirma José Evangelista Telles, aposentado que acaba de completar 70 anos.

“Mas enquanto na imaginação da maioria das pessoas eu deveria estar num asilo, casei mais uma vez, tenho uma filha de dois anos e voltei a trabalhar”, conta.

“Seo” José é a personificação do que o IBGE considera o novo idoso: com maior expectativa de vida e bom poder aquisitivo, as pessoas de terceira idade procuram atividades diversificadas e muitos sustentam as famílias.

Para ter idéia do poder aquisitivo que os “velhinhos” brasileiros têm, basta fazer as contas: se cada um dos idosos do último censo ganhasse apenas o salário mínimo, de R$ 300, já seria suficiente para movimentarem quase R$ 8,2 bilhões por mês, ou R$ 97,3 bilhões por ano, e isso sem contar o 13.º salário.

Mas na realidade, nessa faixa etária se encontram profissionais no auge das carreiras, o que segundo o IBGE aumenta a média de rendimento para três salários mínimos, ou R$ 24,3 bilhões mensais.

Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) mostra que 35,3% dos 850 mil moradores da capital com mais de 60 anos têm rendimento de 1 a 2 salários mínimos; 15,1% de 2 a 3 salários mínimos; 10,6% de 3 a 4 salários mínimos; e 26,5% de 5 salários mínimos ou mais.

De acordo com essa pesquisa, 13% deles vivem sozinhos, 71,7% pagam pelos medicamentos que usam com o próprio dinheiro, apenas 9,7% têm remédios por meio do sistema público e 40,4% têm seguros ou planos de saúde privados.

Lazer

E com esse poder aquisitivo todo, os idosos estão se assemelhando aos do primeiro mundo e procurando aproveitar todo o tempo livre que têm.

“Seo” José tem dois filhos do primeiro casamento.

“Ambos estão na faixa dos 40 anos.

Minha filha, do segundo casamento, tem apenas dois.

Ela é mais nova do que meus netos”, diverte-se.

A filha é fruto das idas de “Seo” José aos bailes da terceira idade do Sesc, em Curitiba.

Depois que ficou viúvo, há 23 anos, achou que nunca mais iria se relacionar.

Há cerca de 5 anos, depois de uma parada cardíaca, aconselhado por um médico, começou a freqüentar uma academia de ginástica e depois, os bailes.

Em um deles conheceu a segunda esposa, Anita, que hoje tem 38 anos.

“Ela trabalhava em uma das unidades do Sesc ensinando os velhos a dançar”, conta “Seo” José.

“Aconteceu que enquanto muita gente da minha idade já aparece no obituário, meu nome estava no convite de casamento como noivo”.

Ex-empresário, “Seo” José conta que o casal faz ao menos duas grandes viagens por ano, mas que o ritmo de seu lazer tem diminuído.

“Fui obrigado a entrar no mercado de consultoria.

Um dos meus filhos ficou desempregado e assim eu ajudo a família toda a se manter”, conta.

Do alto de sua experiência acredita que bons ventos darão alento à economia.

“Na verdade, poder trabalhar sem o estresse do dia-a-dia é uma bênção.

Ainda mais se for para ajudar meus filhos.”

A sexualidade está fazendo parte do cotidiano de casais de idosos brasileiros

Além do poder aquisitivo, um medicamento que já tomou conta do imaginário popular está causando uma revolução na vida dos idosos: o Viagra.

São homens acima de 50 anos que mais contribuíram para que a Pfizer, fabricante da pílula, registrasse vendas de US$ 60 milhões em 2004.

“O Viagra causou uma revolução maior do que ser uma possibilidade de cura para a disfunção erétil.

Ele fez com que finalmente se falasse em sexo na terceira idade”, afirma o diretor da Associação Brasileira de Geriatria e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Gilmar Calixto.

Para o médico, a mudança está presente no cotidiano dos consultórios geriátricos.

“O geriatra hoje pergunta aos seus pacientes como vai a vida sexual. Isso não é mais tabu”, revela.

Para ele, não há motivo para vergonha.

“Claro que os idosos pertencem a uma geração que simplesmente foi ensinada a não falar sobre o assunto.

Para eles, sexo era meramente reprodutivo.

Mas como hoje eles vivem mais e têm mais tempo, o sexo acaba fazendo parte da vida.”

Para Calixto, o tabu pode deixar de fora do tratamento muita gente.

Um estudo da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, revelou que 52% dos homens entre 40 e 70 anos têm algum grau de disfunção erétil.

Segundo os médicos, homens e mulheres sentem o efeito do tempo de maneira diferenciada.

Nas mulheres idosas, os principais problemas sexuais estão associados à libido.

“As mulheres sentem mais do que o homem a educação tradicional e deixam de manter relações depois da menopausa.

Mas mulheres de 80 anos podem ter orgasmos mais facilmente do que moças de 20”, diz.

Já nos homens, a principal causa da disfunção erétil, segundo o médico, é a vida moderna.

“O estresse e as doenças que ele desencadeia são os maiores motivos dos idosos masculinos abandonarem a vida sexual.”

Calixto conta que, além de procurar regularmente um médico, alguns costumes são importantes para manter o corpo em ordem e, conseqüentemente, uma boa vida sexual na terceira idade.

“Deve-se controlar o colesterol e a pressão arterial e manter um peso ideal através de atividades físicas e uma boa dieta balanceada”, diz o médico.

Mas para os idosos que mantém a atividade sexual, Calixto dá outro importante conselho:

“Deve-se lembrar que sexo envolve cuidados e, mesmo na terceira idade, é necessário o uso de camisinha.

Ultimamente temos vivido uma grande incidência de idosos com doenças sexualmente transmissívies, principalmente a aids”. (DD)

Pessoas buscam envelhecer com autonomia e independência

Para a médica Ivete Berkenbrock, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Paraná, a maior preocupação do idoso hoje é ser feliz.

De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 10% da população acima de 50 anos sofre de depressão no País.

“O ápice da existência humana continua sendo os 120 anos.

Mas o objetivo não é sobreviver até essa idade, e sim chegar a uma idade avançada bem.

O que se quer é viver uma terceira idade com autonomia e independência”, diz.

Mas na opinião de Ivete, algumas barreiras precisam ser superadas para que os idosos tenham realmente acesso total à qualidade de vida digna.

O Brasil, na opinião da médica, já está tendo que lidar com a realidade de uma população mais envelhecida, que tanto políticas públicas dessa área têm grande destaque nas cidades.

“Em Curitiba um idoso pode viver com bastante qualidade de vida, apesar de ter um inverno rigoroso.”

Em termos de infra-estrutura, a médica destaca a grande quantidade de parques e áreas verdes, mas acrescenta que as calçadas não estão em condições de oferecer boas caminhadas.

Mídia


A médica acredita que enquanto a mídia ajudou a estimular uma mudança no comportamento sexual dos idosos, abrindo o debate nas famílias, a mesma mídia ainda trata a terceira idade como tabu.

“Não vemos comerciais ou marketing dirigidos para essa faixa etária.

E quando existem, eles são colocados em papéis que os ridicularizam, subvalorizando sua experiência e sabedoria”, acredita.

Para ela, uma terceira idade saudável é sinônimo de fatores multidimensionais.

Além de terem que cuidar mais da saúde, com atividades físicas constantes e uma alimentação saudável, a médica destaca a importância do engajamento social.

“Uma pessoa que está em contato com as demais e se sente útil é mais feliz.”

Ivete diz que as doenças que mais acometem os idosos no Brasil, assim como no resto do mundo, são as cardiovasculares, seguidas dos tumores e demências.

“Hoje a tecnologia farmacêutica permite que apesar disso se viva bem.

Mas as próximas gerações de idosos podem ter esperança no desenvolvimento de medicamentos mais eficientes, principalmente com a evolução dos estudos com células tronco”, revela. (DD)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O sofrimento sem fim da doença renal

“Para muitos pode passar despercebido, mas que existe a questão do preconceito.

A gente já enfrenta os problemas da doença com dificuldade, passamos por maus bocados e ainda somos tratados como ‘diferentes’, como bichos de outro mundo.

Ainda bem que a diálise possibilita um pouco da qualidade de vida que a gente perdeu.”

O depoimento é de M.L.C., uma ex-operadora de turismo, 32 anos, que há seis sofre de doença renal crônica (DRC).

Essa é uma das muitas facetas que abalam emocional e socialmente o paciente renal crônico, assim que são identificados os primeiros sintomas da doença.

Sua vida se transforma radicalmente, pois a hemodiálise, tratamento ao qual precisa se submeter, traz profundas mudanças na sua rotina e na de seus familiares.

São as frequentes idas aos centros de diálise, as restrições alimentares, a perda do emprego e, consequentemente, problemas financeiros.

Assim, comentar sobre o seu lado emocional é antes de tudo reconstruir uma trajetória de perdas que vai muito além da função renal.

O paciente renal crônico perde a liberdade que atinge atividades escolares, domésticas ou profissionais.

“Passamos a depender da Previdência Social, da máquina, da família e da sorte, o que acarreta um desgaste e estresse emocional intenso”, enfatiza M.L.C.

Prevenção e cuidados

Quando o assunto é prevenção de doenças renais, atenção e informação são mais que necessários.

Para avaliar a percepção da população acerca do tema, a Fundação Pró-Renal Brasil, com o apoio da Roche, encomendou ao Instituto Datafolha uma pesquisa para avaliar o conhecimento dos brasileiros sobre problemas renais.

De acordo com o levantamento, sete em cada 10 pessoas dizem tomar alguma atitude no dia a dia para preservar a saúde renal.

O problema é que a alternativa mais mencionada para atingir esse objetivo é a ingestão de água (63%).
Os números são extremamente importantes, pois refletem o desconhecimento da população acerca de problemas que podem acometer os rins.

De acordo com especialistas, a ingestão de água não é a principal atitude que deve ser tomada para garantir a saúde renal.

“Não há evidência científica de que tomar muita água preserva a saúde dos rins.

O próprio organismo tem um sistema altamente sensível para controlar essa ingestão, que é a sede.

Por isso, além da água, os cuidados adequados com os rins devem incluir alimentação saudável e controle de doenças como diabetes, hipertensão, inflamações e infecções”, explica o nefrologista Miguel Riella, presidente da Pró-Renal.

Outro dado preocupante é que apenas 30% das pessoas souberam apontar doenças que podem gerar lesões graves nos rins, como o diabetes e a pressão alta.

Para o médico, esse número também revela a falta de conhecimento dos brasileiros.

São enfermidades comuns e cada vez mais incidentes no Brasil, figuram como as principais causas da DRC, que resulta na incapacidade irreversível das funções dos rins.

“O agravante é que, se os pacientes não têm essa informação e não fazem o controle dessas doenças, seus rins poderão ser gravemente afetados pela doença”, reconhece Riella, salientando que a DRC não apresenta sintomas até que as funções renais estejam comprometidas em até 75%.

Com efeito, ao chegar nesse estágio, gera consequências gravíssimas, como à necessidade de hemodiálise e até de transplantes.

Anemia renal

Quando questionadas se problemas renais podem se agravar e causar anemia, 42% das pessoas responderam que não e 10% não souberam dizer.

Isso mostra que parte significativa da população desconhece a anemia renal e, consequentemente, não está atenta aos seus complicadores.

“Há muitas pessoas que só conhecem a anemia provocada pela falta de ferro e não sabem que existe e nem o que é a anemia associada à doença renal crônica”, ressalta o nefrologista.

Estatísticas mundiais mostram que mais de 500 milhões de pessoas tem algum grau de DRC.

Elas sofrem com uma deterioração da função renal que pode durar vários anos até que seja necessária uma terapia para a substituição do rim.

Quando é constatada a falência desses órgãos, os pacientes não conseguem secretar eritropoietina, hormônio produzido pelos rins que estimulam a fabricação de glóbulos vermelhos na medula óssea.

Sendo assim, eles desenvolvem anemia, diagnosticada por meio do exame que mede os níveis de hemoglobina (proteína que carrega o oxigênio dentro dos glóbulos vermelhos).

A anemia renal pode acometer os pacientes com DRC já nos estágios iniciais e piora à medida que ocorre perda progressiva das funções renais.

Cerca de 95% dos pacientes com doença crônica renal que necessitam de diálise (procedimento que filtra o sangue) apresentam um quadro de anemia renal crônica.

A enfermidade prejudica o transporte e utilização de oxigênio em tecidos e órgãos do organismo, apresentando efeitos como fraqueza, cansaço, palpitações, dificuldade de concentração e tonturas, que afetam tanto a qualidade de vida quanto a saúde e o bem-estar.

Em grande parte dos casos, quando tratada tardiamente, a anemia renal contribui para o aparecimento de complicações cardiovasculares, como o aumento do tamanho do coração e a aceleração no ritmo de bombeamento do sangue em busca de compensação para a falta de oxigenação no corpo.

Outros resultados


* Tomar muita água é hábito mais comum 67% das mulheres

* 25% procurariam um clínico geral para o tratamento de problemas renais; 11%, um urologista e 5% procurariam um nefrologista. 54% não saberiam qual especialidade procurar.

* 45% souberam apontar causas para a anemia. As mais mencionadas foram falta de ferro (23%) e alimentação inadequada (14%).

* 62% das pessoas apontaram algum sintoma de problema renal.

* A baixa escolaridade tem reflexos na falta de conhecimento sobre problemas renais.


O Instituto Datafolha ouviu mais de 2.500 pessoas, com 16 anos ou mais, de 180 municípios brasileiros.

A média de idade da amostragem foi de 38 anos e a distribuição por sexo foi equivalente entre homens e mulheres.

Números que valem

* No Brasil, aproximadamente 90 mil pessoas estão em diálise e 95% delas sofre de anemia renal.

* O tratamento dos pacientes em diálise consome cerca de 10% do orçamento da saúde no País.

* 70% dos casos de pacientes com DRC desenvolveram a doença por conta da diabetes e hipertensão.

* No Brasil, há cerca de 30 mil pacientes esperando por um transplante de rim.

No ano passado, foram realizados cerca de 3 mil transplantes do tipo - ou seja, apenas 10% das pessoas na fila por um rim estão sendo atendidas.

domingo, 15 de novembro de 2009

Morar perto de áreas verdes faz bem à saúde

Um estudo realizado pelo Centro Médico universitário VU de Amsterdã, na Holanda, sugere que morar até três quilômetros de parques ou áreas de lazer que incluam vastas zonas de vegetação é benéfico para saúde mental.

A pesquisa aconteceu com 350 mil pessoas, que tiveram suas fichas médicas e os endereços analisados.
Os pesquisadores analisaram o grupo que morava nas proximidades das áreas verdes e aqueles que ficavam mais perto dos locais urbanizados.

De acordo com o estudo, as pessoas que moram perto de parques e de áreas de lazer sofrem menos com problemas de depressão e ansiedade.

Doenças como diabetes, problemas digestivos e doenças infecciosas também apresentaram uma queda.

Outra característica dos pacientes que moram perto de áreas verdes é a recuperação mais rápida depois de cirurgias.

Os cientistas explicam que um, em cada três pacientes que moravam nessas regiões, tiveram uma melhora muito melhor se comparada com aqueles que vivem em lugares mais urbanizados.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Saiba como tratar o problema da vista cansada

Beirando os 40 anos, é possível notar certa dificuldade para leituras de perto.

As letras do jornal, da bula de remédio, do livro e até da receita de bolo parecem incrivelmente desfocadas, fazendo com que a leitura se torne ligeiramente melhor quando os objetos são colocados a uma distância mais próxima dos olhos.

Esses sinais são decorrentes da presbiopia ou, como muita gente a conhece, a vista cansada.

Segundo a oftalmologista Elizabeth Murer, do Hospital São Luiz, a presbiopia caracteriza-se por um desgaste fisiológico da córnea durante a vida.

"É a redução da capacidade de acomodação do olho", explica.

Assim como ocorre na hipermetropia, na presbiopia, há a dificuldade de enxergar de perto.

A diferença é que no quadro de vista cansada não existe uma alteração no formato do olho, que vai modificar a formação da imagem.

O olho do hipermétrope é mais curto e a imagem se forma depois da retina, dificultando assim a visão.

"Já com o presbita não acontece isso. Todos nós teremos presbiopia um dia por causa da idade", completa a oftalmologista.

Ela ocorre por conta da perda de elasticidade de uma das camadas do olho, o cristalino, que não é capaz de formar uma curvatura suficiente para que a imagem de perto seja formada.

Diagnóstico

A presbiopia pode ser identificada no exame de rotina do oftalmologista, que usa a tabela de leitura para perto para o paciente exercitar a capacidade do foco ocular.

O exame é importante, pois o problema pode surgir precocemente.

"Se uma hipermetropia não for corrigida, a presbiopia aparece mais evidenciada" explica Elizabeth.

Segundo a oftalmologista, por não se tratar de uma alteração na anatomia do olho, dificilmente ocorrerá uma estabilização no grau de presbiopia até os 60 anos.

Tipos de presbiopia

As dificuldades para leitura de perto podem aparecer em três situações distintas:

- Presbita emétrope: a visão para longe é perfeita. Só há problemas para enxergar de perto.


- Presbita hipermétrope: quando o hipermétrope não sente a necessidade de usar óculos logo que o problema se manifesta, a vista cansada aparece mais cedo.

- Presbita míope: a dificuldade é a visão para longe. Quando a presbiopia surge, muitos míopes preferem tirar os óculos para a ler de perto.

Tratamentos

Óculos para perto: as lentes utilizadas em óculos indicados para a vista cansada, em geral, são lentes positivas, ou seja, com a adição especial de grau para a presbiopia na lente que o presbita costuma usar.

Isso se houver outro problema de visão, além da vista cansada, que necessite do uso de óculos.

A lente funciona como uma máquina de zoom, com o objetivo de direcionar a imagem até a retina.

Cirurgia refrativa: é usado a mesma técnica, a Lasik, que corrige erros refrativos (miopia, astigmatismo, hipermetropia) mudando o formato da córnea.

Porém, a oftalmologista salienta que, a longo prazo, esse tipo de procedimento envolvendo a presbiopia não garante uma segurança com relação ao resultado, já que a córnea perde elasticidade em razão da idade.

Radiofrequência
: técnica que corrige temporariamente os problemas na visão, fazendo a alteração do encurvamento da córnea.

No entanto, a oftalmologista afirma que é uma técnica muito utilizada nos Estados Unidos, mas que a ANVISA ainda não liberou sua utilização no Brasil.

Em geral, a área central da lente facilita a visão para longe, enquanto a parte inferior da lente - região da movimentação dos olhos para baixo - focaliza a leitura de perto.

Monovisão: a técnica faz uso de lentes comuns.

Segundo Elizabeth, é feito um teste de visão e o olho dominante do presbita utiliza a lente para perto, enquanto o outro, a lente para longe.

"Parece difícil, mas a pessoa se acostuma", afirma.

Esclera: cirurgia refrativa em que há uma expansão dos túneis esclerais, deixando o olho mais curvo.

A especialista salienta que, a longo prazo, as complicações da cirurgia são grandes, como possível elevação transitória da pressão intra-ocular e redução progressiva da correção feita.

Mono visão e cirurgia refrativa: as técnicas combinadas utilizam o lasik para correção de um olho, para longe, e outro, para perto.

Nível escolar do idoso influencia na realização de tarefas



A capacidade de pessoas idosas reproduzirem movimentos que proporcionam independência de locomoção na Terceira-Idade pode estar intimamente ligada ao nível de escolaridade.

Os resultados são de uma pesquisa realizada no Laboratório de Aprendizagem Motora da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), com pessoas acima dos 60 anos (homens e mulheres) e alfabetizadas.
Os voluntários com melhor nível escolar tiveram melhor aproveitamento nos testes.

O estudo evidencia que as habilidades desenvolvidas na escola da vida, não substituem as habilidades mentais treinadas na escola formal, ocasionando a deficiência de aprendizagem mesmo de tarefas simples como as motoras, que perduram até o final da vida.

Na primeira parte do trabalho, os voluntários foram orientados a memorizar uma sequência determinada de movimentos com os dedos de umas das mãos. Já nesta primeira etapa, os que tinham menor escolaridade apresentaram mais dificuldades.
Numa segunda etapa, aconteceu o que os pesquisadores chamaram de familiarização das tarefas a serem realizadas.

As etapas fizeram parte da avaliação realizada antes do treinamento propriamente dito.

Nos treinamentos foram cerca de 4.800 movimentos, realizados em 8 sessões, durante 4 semanas.

O grupo de baixa escolaridade foi mais lento durante todo o experimento, embora os dois grupos tivessem apresentado melhora no desempenho após os estímulos motores e cognitivos.

Ainda devem ser realizadas outras pesquisas para que novas estratégias sejam definidas em tratamentos fisioterápicos para beneficiar pessoas de baixa escolaridade, mas os pesquisadores acreditam que estes resultados já são um grande passo para ajudar a amenizar as deficiências causadas pela falta de escolaridade em idosos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Você sente ansiedade ou angústia?

De repente, vem aquele aperto no peito!

Pode ser em qualquer momento, hora ou lugar.

Como se uma grande mão apertasse seu peito, em seguida vem uma sensação bem esquisita de opressão.

Você quer se livrar dela, mas não consegue.

O coração bate mais rápido ou então você sente uma apreensão.

Medo do futuro? Quase como se descesse de montanha russa... aquele friozinho na barriga terrível.

Em alguns momentos, você está bem e a apreensão surge sem pedir licença.

Em outros, está associada a alguma preocupação ou sensação de insegurança.

Se você vive um momento confuso ou difícil, a angústia pode se instalar na sua mente e no seu coração.

A angústia pode ser um sinalizador para a depressão.

Pessoas deprimidas sentem angústia e a ansiedade pode surgir de repente.

A ansiedade está associada à respiração também.

A pessoa ansiosa respira muito rápido ou sente uma sensação de sufocamento, "peito apertado".

Ai vem a dúvida:

O que fazer quando você sentir esta sensação desagradável:

Que acomete ricos e pobres, jovens, velhos e crianças!

A angústia é mais comum nas mulheres.

Quando sentir esta sensação desagradável, primeiro afaste a possibilidade de causa orgânica como: distúrbios hormonais como: menopausa, climatério, entre outros.

Anemia, problemas cardíacos e depressão, por exemplo.

Geralmente, a angústia está associada à depressão e algumas pessoas são predispostas a sofrer de angústia periódica.

Nem sempre quem sente angústia ocasionalmente, sofre de depressão.

A angústia pode ser uma manifestação da ansiedade.

A ansiedade é o receio do futuro.

A ansiedade é um recurso utilizado por nós para nos preparar, de certa forma para acontecimentos futuros.

Quando temos uma prova, um encontro importante, uma decisão a tomar, podemos sentir esta sensação de apreensão. É o receio do novo e do inusitado.

Nosso organismo lança mão de uma carga extra de adrenalina.

Quando estas sensações surgem e são momentâneas fazem parte do cotidiano do ser humano.

Não podemos controlar os acontecimentos e isso gera medo.

Podemos controlar nossas emoções; isso é tranqüilizador.

Observe a freqüência desta sensação desagradável.

Procure observar com cuidado.

O que você está pensando quando sente esta sensação?

Não tenha medo da Ansiedade ou Angústia.

Não tente reprimi-la, mas mude o padrão mental.

Se você está pensando em algo desagradável, modifique o pensamento.

Afirmações positivas ajudam bastante nesses casos.
Afirmações como:
"Sou feliz!" "Estou calmo""Está tudo bem" "Ficará tudo bem!"

Aprenda a respirar

A angústia estaria associada a causas psicológicas como: traumas, complexos, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão.

A serenidade tem a ver com a Fé e o Otimismo.

Fé em Deus e em si mesmo!

Sensações de vazio interior e mudanças de vida podem estar associadas à angústia.

Quando a pessoa se aposenta, pode sentir esta sensação de insegurança.

O que farei agora?

A "síndrome do ninho vazio" pode ser também uma das causas da angústia ou ansiedade.

Os filhos estão criados, estudam fora e os pais se sentem vazios.

Viveram sempre em função dos filhos e agora?

Às vezes, a causa pode ser espiritual.

Uma oração fervorosa pode melhorar esta opressão.

Vivemos num mundo muito material e imediatista.

Nosso espírito precisa também de alimento espiritual.

Praticar esportes, lazer, uma atividade, amigos, são bons remédios para evitar a angústia.

Só será considerada patológica se junto com ela estiverem outros sintomas como: falta de concentração, tristeza permanente, inquietação, pensamentos negativos.

Pode ser o início de uma depressão.

Ou então, se a angústia estiver sendo um fator limitante em sua vida. Nesse caso, procure ajuda profissional.

Pessoas muito inseguras ou com dificuldade em expressar os sentimentos, são propensas à angústia.

Uma vida saudável feita de pensamentos sadios e atividades produtivas, tem como efeito, emoções também sadias.

Pense nisso!

Como estão seus relacionamentos, sua vida em família, seus desejos e problemas?

Procure se autoconhecer para disciplinar seus pensamentos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Automedicação é uma prática que pode ser fatal


Mais de 24 mil pessoas morrem no Brasil vítimas da automedicação.

O dado apresentado pela Abifarma, referente a 2008, serve de alerta à população que tem cerca de 80 milhões de pessoas adeptas dessa prática.

Cristiano Ricardo dos Santos, professor do curso de Farmácia explica que há medicamentos de venda livre, utilizados para o alívio de sintomas e conforto do paciente, como em caso de resfriados, difícil digestão e leves queimaduras solares, entre outras, que podem ser utilizados por no máximo sete dias.
"Mesmo no caso de utilização de medicamentos de uso livre, a recomendação é de que sempre busque um farmacêutico para auxiliar na escolha do medicamento mais adequado", orienta.

Quando se utiliza medicamentos que necessitam de receita médica, sem a devida prescrição, os problemas podem ser mais graves.

"Ao utilizar um antibiótico, por exemplo, pode-se causar a resistência microbiana, sendo necessário um medicamento mais potente", diz o farmacêutico.

Crianças, adolescentes e idosos formam a camada mais representante dos adeptos da automedicação.

Levando-se em consideração que as crianças estão em formação física e os idosos são mais frágeis e vulneráveis, a possibilidade de problemas mais graves é maior.

Informação precisa e de forma que a população compreenda é sempre a melhor saída.

Mas, enquanto essa ainda não seja a realidade, são necessários controles especiais e regrais mais rígidas que possam nortear a população para que percebam os riscos da automedicação.

domingo, 25 de outubro de 2009

Mal de Parkinson

Doença neurodegenerativa caracterizada por tremores intensos e rigidez dos membros superiores e inferiores, o Mal de Parkinson atinge, em geral, pessoas com idade acima dos 55 anos e tem como causa principal problemas de origem emocional, como ansiedade e angústia.

O Mal, que acometeu personalidades como o ex-pugilista norte-americano Muhammad Ali e o ator brasileiro Paulo José, não tem cura e requer tratamento multidisciplinar com uso de antidepressivos e terapias alternativas para amenizar os traumas emocionais.

São poucos os casos em que a doença atinge adultos jovens, como aconteceu com o ator canadense Michael J.Fox, que assumiu a doença aos 30 anos de idade.

"O Parkinson é a doença dos sofredores crônicos. Não adianta apenas tratar os sintomas com remédios.

O ideal é saber a causa do sofrimento e agir sobre ela, só assim os sintomas serão amenizados de maneira satisfatória", explica Cícero Coimbra, neurologista da Unifesp.

O que é ?


É uma doença neurodegenerativa provocada pela perda de células nervosas presentes na região da substância negra do cérebro.

Essa região é responsável pelos estímulos dos movimentos, funcionando como uma espécie de facilitadora dos mecanismos de ação e reação do nosso organismo.

Se há uma redução do número de células, há uma alteração desses mecanismos e acontecem os tremores e a rigidez característicos da doença.

"A pessoa deixa de responder por seus movimentos, de acordo com o estágio da quadro clínico", explica Cícero Coimbra.

Principais causas


A hereditariedade pode ser uma das causas da doença, porém, a principal causa do Mal de Parkinson encontra respaldo nas alterações emocionais do organismo.

"A dor emocional provoca um aumento na produção de salsolinol, substância que mata as células nervosas responsáveis pelo controle dos movimentos.

Situações traumáticas, ansiedade, angústia, cobrança excessiva e pessimismo aumentam a produção dessa substância e são grandes indicadores de um possível paciente com Mal de Parkinson", explica o neurologista.

São raros os casos em que a hereditariedade é a responsável pelo problema e, quando isso acontece, geralmente os pacientes são jovens, como é o caso do ator Michael J.Fox.

"Quando a causa é genética, o paciente apresenta uma predisposição maior a produção excessiva do salsolinol, por isso a doença se manifesta ainda na juventude", explica Cícero.

A ingestão de aminas heterocíclicas, compostos presentes em carnes vermelhas, também pode promover um aumento na produção do salsolinol, mas não há comprovação científica de que ela seja uma causa considerável da doença.

Sintomas


Os sintomas que caracterizam o Mal de Parkinson são os tremores intensos e a rigidez muscular, porém, a intensidade e a região afetada por eles variam de acordo com o estágio da doença em que o paciente se encontra.

São essas:

Fase 1: em sua primeira fase, a doença atinge só um lado do corpo.


Fase 2: atinge os dois lados do corpo, e os sintomas podem aparecer inclusive na região da linha média do corpo (coluna).


Fase 3:
aparecem as primeiras alterações no equilíbrio em consequência da rigidez muscular: "o paciente se sente preso em uma armadura dura e pesada.

Quando perde o equilíbrio, não tem o apoio dos músculos do corpo, que o evitem de cair.

Ele fica preso pela rigidez muscular", explica Cícero.

Fase 4:
o paciente passa a necessitar de auxílio para desempenhar atividades simples do dia a dia, como os cuidados pessoais: colocar roupas, pentear os cabelos e tomar banho tornam-se tarefas difíceis.

Fase 5:
a intensidade dos tremores e da rigidez muscular impede o paciente de se levantar e até de realizar atividades como comer.

Fase 6:
nos casos mais graves, pode ocorrer demência.

Tratamento

Para o neurologista Cícero Coimbra, o tratamento do Mal de Parkinson deve ser multidisciplinar, envolvendo o uso de medicamentos antidepressivos e, principalmente, atividades alternativas (terapia, exercícios e socialização) para estimular o paciente a se livrar do sofrimento.

"Temos que tratar a causa do sofrimento, escutar o paciente e saber os reais motivos da dor emocional", explica o medico.

Três atitudes que podem auxiliar no tratamento da doença
- Nada de ficar recluso.

"Quanto mais tempo o paciente se fecha por vergonha dos sintomas, mais deprimido ele ficará, e isso só piora a doença.

Por isso, a melhor solução é aceitar o problema e reagir", recomenda o neurologista.

Um exemplo de que esta é a melhor fórmula para conviver bem coma o problema é o ator Paulo José, de 68 anos, que mantém sua rotina de trabalho e não dá chance para a doença avançar.

Ele conta que até se mostra mais entusiasmado hoje, depois do diagnóstico:

"Na hora de trabalhar, não tenho Parkinson?", diz o ator.

Família, médicos e amigos devem mostrar ao paciente que é possível conviver com a doença.

Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo o deixará mais estimulado a reagir à doença.

"Deixe-o fazer as coisas, ficar o tempo inteiro em cima faz com que se sinta incapaz", recomenda o neurologista.

Praticar atividades alternativas, como artesanato e pintura, ajuda a amenizar os sintomas e alivia o estresse emocional.

"A área do cérebro responsável pela concentração na hora de executar estas atividades é a mesma que provoca os tremores.

Se você usa essa área para executar as atividades, diminui a produção dos tremores", explica Cícero.

sábado, 24 de outubro de 2009

Excesso de doces pode aumentar agressividade

Um novo estudo publicado pela revista científica British Journal of Psychiatry sugere que a quantidade elevada de doce ingerida na infância pode aumentar a agressividade de uma pessoa no futuro.

Os cientistas avaliaram cerca de 17.500 participantes, desde a década de 1970, e concluíram que as pessoas, que aos 10 anos de idade consumiram doces diariamente, possuíam uma característica mais agressiva e violenta na idade adulta.

De acordo com os resultados, 69% dos atos violentos foram realizados pelas pessoas que exageram nos doces e chocolates na infância, contra 42% dos atos violentos realizados por aquelas que não consumiam doces diariamente.

O estudo é o primeiro que busca analisar os efeitos a longo prazo da alimentação infantil e relacioná-la à violência na vida adulta.

Os especialistas explicam que a atitude pode estar diretamente ligada à falta de limite que estas pessoas enfrentaram na infância, já que o excesso de doce sinaliza que os pais eram mais permissivos.

De acordo com os pesquisadores, oferecer doces e chocolates, quase que diariamente para crianças, faz com que elas não tenham paciência para esperar por aquilo que desejam, gerando a perda de gratidão, que sugere um comportamento mais agressivo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Onde andará o meu doutor?

Hoje acordei sentindo uma dorzinha, aquela dor sem explicação, e uma palpitação, resolvi procurar um doutor,
fui divagando pelo caminho...

Lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo...

O Meu Doutor que curava a minha dor, não apenas a do meu corpo mas a da minha alma, que me transmitia paz e calma!

Chegando à recepção do consultório, fui atendida com uma pergunta:
QUAL O SEU PLANO? O MEU PLANO?
Ah, o meu plano é viver mais e feliz! é dar sorrisos, aquecer os que sentem frio e preencher esse vazio que sinto agora!

Mas a resposta teria que ser outra...
o MEU PLANO DE SAÚDE...

Apresentei o documento do dito cujo já meio suada, tanto quanto o meu bolso, e aguardei...

Quando fui chamada corri apressada, ia ser atendida pelo Doutor, aquele que cura qualquer tipo de dor...

Entrei e o olhei, me surpreendi, rosto trancado, triste e cansado... será que ele estava adoentado?
É, quem sabe, talvez gripado não tinha um semblante alegre, provavelmente devido à febre...

Dei um sorriso meio de lado e um bom dia...

Sobre a mesa, à sua frente, um computador, e no seu semblante a sua dor.
O que fizeram com o Doutor?
Quando ouvi a sua voz de repente:
O que a senhora sente?

Como eu gostaria de saber o que ELE estava sentindo...
Parecia mais doente do que eu, a paciente...

Eu? ah! sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação
e esperei a sua reação.
Vai me examinar, escutar a minha voz auscultar o meu coração...

Para minha surpresa apenas me entregou uma requisição e disse: peça autorização desses exames para conseguir a realização...

Quando li quase morri...
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, RESSONÂNCIA MAGNÉTICA e CINTILOGRAFIA!?

Ai, meu Deus! que agonia!
Eu só conhecia uma tal de abreugrafia...
Só sabia que ressonar era (dormir), De magnético eu conhecia um olhar...
E cintilar só o das estrelas!

Estaria eu à beira da morte? de ir para o céu?
Iria morrer assim ao léu?

Naquele instante timidamente pensei em falar:
Terá o senhor uma amostra grátis de calor humano para aquecer esse meu frio?

Que fazer com essa sensação de vazio? e observe, Doutor, o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates, acreditava que A ARTE DA MEDICINA ESTAVA EM OBSERVAR.

Olhe para mim...

Bem verdade que o juramento dele está ultrapassado! médico não é sacerdote...
Tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano...
Mas, por favor, me olhe, ouça a minha história! Preciso que o senhor me escute, ausculte e examine!

Estou sentindo falta de dizer até aquele 33!
Não me abandone assim de uma vez!
Procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança!

Alimente a minha mente e o meu coração...
Me dê, ao menos, uma explicação! O senhor não se informou se eu ando descalça... ando sim! gosto de pisar na areia e seguir em frente deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida, estarei errada? Ou estarei com o verme do amarelão?
Existirá umas gotinhas de solução?Será que já existe vacina contra o tédio? Ou não terá remédio?

Que falta o senhor me faz, meu antigo Doutor! Cadê o Sccoth, aquele da Emulsão? Que tinha um gosto horrível mas me deixava forte que nem um Sansão!

E o Elixir? Paregórico e categórico, E o chazinho de cidreira, que me deixava a sorrir sem tonteiras?
Será que pensei asneiras?

Ah! meu querido e adoentado Doutor!

Sinto saudades dos seus ouvidos para me escutar, das suas mãos para me examinar, do seu olhar compreensivo e amigo... do seu pensar...

O seu sorriso que aliviava a minha dor...
Que me dava forças para lutar contra a doença... e que estimulava a minha saúde e a minha crença...

Sairei daqui para um ataúde?

Preciso viver e ter saúde!

Por favor, me ajude!

Oh! meu Deus, cuide do meu médico e de mim, caso contrário chegaremos ao fim...

Porque da consulta só restou uma requisição digitada em um computador e o olhar vago e cansado do Doutor!

Precisamos urgente dos nossos médicos amigos, a medicina agoniza... ouço até os seus gemidos...

Por favor, tragam de volta o meu Doutor!

Estamos todos doentes e sentindo dor...

E peço, para o ser humano, uma receita de calor,
e para o exercício da medicina..... uma prescrição de amor!

domingo, 4 de outubro de 2009

Desafiando o tempo

Simplesmente espetacular!
Jovens fazendo isso é muito difícil, mas com essa idade é incrível.

domingo, 26 de abril de 2009

Hipertensão é uma vilã subestimada



O dia 26 de abril é lembrado por ser a data nacional de combate à hipertensão arterial, distúrbio que faz parte da chamada síndrome metabólica e que ajuda a aumentar, significativamente, os riscos de derrames e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), doenças com alta taxa de mortalidade no Brasil.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a conhecida “pressão alta”, atinge mais de 50% dos brasileiros idosos e começa a causar preocupação entre os mais jovens também.

As entidades apontam que cerca de 40 milhões de brasileiros sofrem dessa enfermidade
, uma das principais causas de mortalidade no mundo. A hipertensão arterial é uma das maiores vilãs da saúde pública, pois potencializa doenças graves.

Outro levantamento dessas entidades atesta que metade das pessoas hipertensas desiste ao fim do primeiro ano de tratamento ou desconhecem ser portadores da doença.

Cerca de 20% de todos pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) apresentam hipertensão como causa direta ou indireta de internação, sendo que 170 mil mortes por ano estão relacionadas à pressão alta.

Rotina rígida

De acordo com o cardiologista do Curitiba Santa Casa/Dasa, Eduardo Tassi, o coração bombeia o sangue por meio das artérias, que levam o sangue oxigenado a todas as células do organismo.

A força exercida pelo coração ao se contrair (sístole) e ao se relaxar (diástole) impulsiona o sangue, gerando uma pressão na parede das artérias que pode ser aferida por meio de aparelhos de pressão.

“Por consenso, quando a pressão arterial está acima de 140x90 mmHg em mais de duas aferições espaçadas por uma semana é feito o diagnóstico de hipertensão arterial”, explica o médico.

A partir desse momento, o paciente necessitará de tratamento, seja medicamentoso ou não. “O que faz da hipertensão tão perigosa é que ela é assintomática, assim, quando o portador percebe, pode fica surpreso ao saber que poderia estar convivendo com o distúrbio há anos”, esclarece o especialista.

Com efeito, o fato de produzir sintomas, na maioria das vezes, imperceptíveis, faz com que o paciente já em tratamento não cumpra à recomendação médica, por achar que já está curado.

Uma das causas do abandono do tratamento é a necessidade de cumprir uma rotina rígida que inclui a ingestão de medicamentos específicos e uma mudança muitas vezes radical no estilo de vida”, observa o cardiologista Marcos Augusto Alves Pereira, do Hospital Pilar.

Degeneração vascular

Causada muitas vezes por fator hereditário, a doença pode também ser fruto de hábitos pouco saudáveis ou de uma má qualidade de vida. É o que esclarece o cardiologista Everton Dombeck, do Hospital Cardiológico Costantini.

Segundo o especialista, o paciente que inicia a prática de exercícios físicos e faz uma reeducação alimentar pode melhorar sua condição clínica e ajudar muito no tratamento.

Para alguns hipertensos leves essas medidas podem ser suficientes para o controle adequado da pressão arterial, dispensando inclusive o uso de medicamentos”, ressalta.

A hipertensão arterial é uma doença crônica degenerativa. Ela afeta, principalmente, órgãos importantes e vitais, como coração, rins e cérebro. Ao comprometê-los, facilita o surgimento de doenças mais graves, como o acidente vascular cerebral (AVC ou derrame), o infarto do miocárdio e a insuficiência cardíaca e renal.

“Isso porque a hipertensão provoca uma degeneração vascular e, esse quadro, causa pequenas lesões e traumas nas paredes dos vasos, que podem favorecer o acúmulo de gorduras ou processos inflamatórios, deflagrando a doença aterosclerótica”, alerta Dombeck.



Hipertensão aumenta entre jovens, dizem estudiosos
Para se ter uma idéia da importância de se controlar a hipertensão, estima-se que um homem de 35 anos, com pressão arterial de 150/100 mmHg que não tenha a doença tratada, tem subtraído perto de 15 anos da sua expectativa de vida. A falta da cultura da prevenção é o principal motivo dos números continuarem alarmantes.

“Um simples check-up poderia salvá-lo do que, um dia, pode se transformar em um infarto agudo, explica o cardiologista Marcos Bubna. A partir do diagnóstico da doença, medidas simples de prevenção já conhecidas pela maioria das pessoas podem ajudar a controlar a pressão arterial. “Basta adotar uma dieta com baixos índices de gordura, rica em potássio e menos sal, além de exercícios físicos regulares, controle de peso e auxílio de medicamentos prescritos por médicos”, recomenda.

Ruim para os órgãos

Coração - A hipertrofia do ventrículo esquerdo (espessamento anormal músculo cardíaco) é uma das primeiras anormalidades cardíacas decorrentes da hipertensão arterial.

A presença desse distúrbio em pacientes hipertensos confere um pior prognóstico, ou seja, um maior risco de outras complicações cardiovasculares, como o infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e derrame cerebral.

Outras complicações cardíacas advindas da hipertensão arterial são angina do peito, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, os distúrbios da condução elétrica do coração e as arritmias cardíacas.

Cérebro - A hipertensão pode ocasionar isquemia cerebral transitória - disfunção neurológica reversível - ou acidente vascular cerebral, disfunção mais duradoura, podendo deixar sequelas graves, com a perda progressiva das funções mentais, entre elas, a memória e a concentração.

Rins - A hipertensão arterial crônica leva a uma disfunção renal, inicialmente detectada por meio de pequenas perdas urinárias de proteínas. Com o passar do tempo, essa perda poderá tornar-se crescente, podendo ocasionar insuficiência renal crônica.

Vasos - A aterosclerose (formação de placas de gordura ou ateromas na parede das artérias) e as doenças da aorta estão diretamente relacionadas à hipertensão arterial crônica.

Olhos - A hipertensão arterial acarreta um comprometimento da retina (retinopatia hipertensiva), podendo levar à cegueira.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Morte por câncer cresce em mulheres jovens

O modo de vida da mulher moderna alterou o ranking das causas de morte. O Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira (6) o mapa da mortalidade feminina na idade fértil, entre 10 anos e 49 anos, e revela que os cânceres já formam o grupo de doenças que mais matam, responsáveis por 23% dos casos. Os tumores malignos desbancaram os antes líderes "problemas do aparelho circulatório", que incluem enfartes e derrames, (hoje com 21%).

Os hábitos de vida são apontados como responsáveis pela mudança. Os casos analisados são referentes ao ano de 2005. Nas causas específicas de mortes antes dos 50 anos, os acidentes de carro ganham destaque e ocupam o segundo lugar, perdendo apenas para os derrames.

Cigarro, vida corrida, falta de atividade física, alimentação nada saudável e adiamento da maternidade. Essa é a receita apontada por Luiz Henrique Gebrim, diretor do Hospital Estadual Pérola Byington - referência nacional no tratamento do câncer - para o aparecimento precoce dos tumores. "Além do diagnóstico hoje ser melhor, as mulheres fumam mais e são mais sedentárias, o que aumenta o risco precoce." As informações são do Jornal da Tarde.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Reduzir bebida emagrece mais do que cortar comida, diz pesquisa

JULLIANE SILVEIRA
da Folha de S.Paulo, 06/04/2009 - 12h04

As calorias ingeridas por meio de bebidas influenciam mais na perda de peso do que aquelas consumidas por alimentos sólidos. A constatação vem de um estudo da Johns Hopkins School of Medicine, que avaliou 810 adultos com idades entre 25 e 79 anos.

Os pesquisadores acompanharam os voluntários por 18 meses e monitoraram a redução de consumo de líquidos e alimentos sólidos. Nos primeiros seis meses, observaram que a redução de somente uma porção de bebidas açucaradas (como refrigerantes e sucos industrializados) foi responsável, isoladamente, pela perda de meio quilo no período.



Já a diminuição de peso foi cinco vezes menor quando houve restrição da mesma quantidade de calorias ingeridas por alimentos sólidos. "A hipótese é que regulamos melhor a ingestão de calorias sólidas do que de líquidas. Isso significa que é mais fácil exagerar quando bebemos do que quando comemos", disse à Folha Benjamin Caballero, professor da Johns Hopkins e líder do estudo.

Para especialistas brasileiros, as calorias ingeridas por bebidas geralmente não são contabilizadas e levam ao exagero de consumo. "Essas calorias são importantes, principalmente se falarmos dos refrigerantes, que têm excesso de açúcar. O consumo dessas bebidas tem crescido em países em desenvolvimento e está nitidamente relacionado à obesidade", diz o endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

O primeiro mecanismo de regulação da saciedade começa na mastigação e é uma das hipóteses para o explicar por que é mais difícil regular a ingestão de bebidas do que de alimentos sólidos. Ao mastigar e deglutir um alimento, são estimuladas regiões no cérebro responsáveis por regular a satisfação. Outra hipótese está no açúcar presente em boa parte dos líquidos ingeridos. Essa substância é um carboidrato simples de rápida absorção e estimula a produção de insulina, um hormônio que favorece o estoque da energia ingerida em forma de gordura. "A ingestão do mesmo valor calórico em proteínas não engordaria tanto", diz Coutinho.

Editoria de Arte/Folha Imagem

Erros

Entre os principais erros apontados pelos especialistas, está a ideia de que suco de frutas tem poucas calorias. "Quando a pessoa precisa perder peso, a opção é sempre ingerir bebidas não calóricas ou usar sucos com muito poucas calorias, como de acerola, limão e maracujá", diz o endocrinologista Márcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).

Outro problema, aponta Mancini, está no uso de isotônicos quando a prática de exercícios não é intensa. Um frasco desse tipo de bebida contém cerca de cem calorias, quase o mesma quantidade presente em um copo de refrigerante. Segundo o especialista, a única bebida com calorias essencial ao organismo é o leite de vaca, por ser fonte de cálcio.

Álcool

Bebidas alcoólicas têm um processo de absorção diferenciado e, no estudo da Johns Hopkins, não exerceram influência na perda de peso de maneira significativa. Isso porque o organismo não tem capacidade de transformar o álcool presente na bebida em gordura. No entanto, bebidas fermentadas e coquetéis oferecem calorias por meio de outras substâncias presentes no líquido.

"No caso do vinho ou cerveja, por exemplo, metade das calorias são normalmente absorvidas pelo organismo", lembra Mancini. Os coquetéis oferecem calorias por meio do açúcar e de outros ingredientes utilizados na preparação.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A fé que faz bem à saúde

Novos estudos mostram que o cérebro é “programado” para acreditar em Deus – e que isso nos ajuda a viver mais e melhor.


Andrew Newberg - “O cérebro dos ateus é diferente”

O neurocientista fala sobre seu livro Como Deus muda seu cérebro
ÉPOCA – Como Deus pode mudar a estrutura cerebral das pessoas?
Andrew Newberg
– Os nossos estudos usando imagens do cérebro mostram que, no longo prazo, há alterações no lobo frontal (relacionado à memória e à regulação das emoções) e no sistema límbico (ligado às emoções). As pessoas tendem a conseguir controlar mais suas emoções e expressá-las. A meditação e a oração ajudam a melhorar a relação consigo mesmo e com os outros. Também especulamos que essas práticas alteram, inclusive, a química cerebral, como os níveis de serotonina e dopamina, que regulam nosso humor, nossa memória e o funcionamento geral de nosso corpo, mas ainda não temos provas disso.

ÉPOCA – Em seu livro, o senhor fala bastante da meditação, uma prática tradicionalmente ligada às religiões orientais. Existe alguma diferença entre, por exemplo, o catolicismo e o budismo?
Newberg
– Não olhamos exatamente para as diferenças entre as religiões, mas para as diferentes práticas. A forma como você pratica a religião é mais importante que as ideias religiosas em si.

ÉPOCA – Há um consenso entre os cientistas de que a fé pode ajudar na manutenção da saúde?
Newberg –
Muitos cientistas acreditam que a espiritualidade tem um papel na saúde. A pergunta é quem vai administrar isso e como os profissionais de saúde vão lidar com a espiritualidade de uma maneira apropriada e benéfica. Essas questões ainda não foram respondidas.

ÉPOCA – Há alguma diferença neurológica entre aqueles que creem e os que não creem em Deus?
Newberg
– Encontramos algumas diferenças, sim, e também notamos diferenças dependendo do tipo de prática religiosa. O problema é que nunca sabemos se aquelas mudanças estão lá porque a pessoa é religiosa há muito tempo ou se ela nasceu daquela maneira e, por causa disso, procurou um tipo de religião ou meditação.

Jordan Grafman - “A crença é necessária”

O neurocientista diz que o pensamento religioso nasceu junto com o cérebro humano


ÉPOCA – O senhor diria que a religião é um produto acidental de nosso processo evolutivo?
Jordan Grafman –
Eu não diria acidental. Existe uma tendência para nós pensarmos de certa maneira, e essa maneira, de alguma forma, envolve a necessidade de ter um sistema de crenças. E esse sistema guia nosso comportamento social. Acredito que estamos constantemente criando novos tipos de sistema de crença e é muito provável que os primeiros tenham sido baseados em autoridades religiosas.

ÉPOCA – Somos biologicamente predispostos à religião?
Grafman
– Eu diria que somos predispostos biologicamente a ter crenças, e a religiosa é uma delas, mas não a única. Classificaria a religião como uma forma primitiva de crença porque se baseia muito no que é desconhecido. Algumas das regras éticas vieram por meio da religião, mas só se estabeleceram porque ajudaram a ordenar a sociedade. Então, muitas regras tiveram sentido. A religião nasceu claramente de nossa necessidade de entender o que estávamos vendo.

A crença religiosa surgiu no cérebro antes de outras crenças, segundo pesquisas

ÉPOCA – Seu estudo comparou as áreas do cérebro envolvidas nas crenças religiosas e nas crenças políticas. Do ponto de vista neurológico, quais as diferenças entre o pensamento religioso e o político?
Grafman –
Ainda não temos uma resposta definitiva a essa pergunta, mas há fortes indicações de que as crenças políticas estão sempre ligadas ao “aqui e agora”, a nossa vida, enquanto as crenças religiosas não necessariamente. Há diferenças em comportamento e também nas áreas do cérebro ativadas. No caso das crenças políticas, usamos as estruturas do cérebro que surgiram por último na evolução humana, enquanto no caso das crenças religiosas usamos áreas anteriores no desenvolvimento da espécie. Nossa hipótese é que a crença religiosa seja a primeira forma de sistema de crenças, que surgiu antes das outras. Nossos estudos mostram que as duas usam partes parecidas do cérebro, mas também que a religião veio antes da política.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Epigenética: além da seqüência do DNA

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O hábito de fumar, o uso de esteróides e certas drogas também influenciam as funções genéticas por interagir química ou fisicamente com o DNA

Eloi S. Garcia é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e membro da Academia Brasileira de Ciência. Artigo enviado para o “JC e-mail”:

Recentes investigações genéticas têm demonstrado que gêmeos idênticos (possuidores do mesmo genoma) apresentam diferenças em seu comportamento e fisiologia.

Por exemplo, eles podem diferir na susceptibilidade a doenças degenerativas e infecciosas.

Por que isto? Quais são as razões? O genótipo ou o genoma de gêmeos idênticos não é o mesmo?

Já o fenótipo – a fisiologia e a função orgânica - é reconhecidamente distinto e diferente.


Somos mais que nossos genes. Os genes não são responsáveis por tudo. Uma nova área, a epigenética, está sendo desenvolvida para explicar estas diferenças.
O termo epigenética existe há mais de cem anos, mas somente C. H. Waddington em 1942 deu uma definição mais precisa a ele.

Epigenética é um campo da biologia que estuda as interações causais entre genes e seus produtos que são responsáveis pela produção do fenótipo.

Pesquisas recentes realizadas sobre genomas e proteomas revelam que esta definição está correta.

Na tentativa de compreender a complexidade da biologia da vida, os cientistas normalmente estudam elementos individuais do genoma.

Seqüências gênicas e proteínas são analisadas para compreender suas interações específicas com outras entidades simples de sistemas mais complexos.

Algumas vezes este enfoque oculta aspectos importantes da biologia, principalmente àqueles de dependem de níveis mais altos de organização genética.

Assim, por exemplo, o genoma não possui somente a informação das seqüências das quatro bases A, C, G e T na cadeia do DNA.

Não resta dúvida de que esta seqüência é importante em termos dos códons, genes e cromossomos. Mas há informações adicionais no genoma dos mamíferos e estas se referem ao epigenoma.

A epigenética investiga a informação contida no DNA, a qual é transmitida na divisão celular, mas que não constitui parte da seqüência do DNA.

Os mecanismos epigenéticos envolvem modificações químicas do próprio DNA, ou modificações das proteínas que estão associadas a ele.

Por exemplo, nas histonas que se ligam e compactam a cadeia do DNA formando a cromatina, o material básico dos cromossomos.

Ou nas proteínas nucleares e nos fatores de transcrição, moléculas que interagem e regulam a função do DNA.

As modificações epigenéticas envolvem a ligação de um grupo metil (-CH3) a base citosina do DNA, particularmente aquela que vem antes da guanina; ligação de grupo acetil (CH3CO-) ao aminoácido lisina no final de duas histonas; remodelagem de outras proteínas associadas à cromatina; e transposição de certas seqüências da fita de DNA causando mudanças súbitas na maneira que a informação genética é processada na célula.

Cada uma destas modificações age como um sinal de regulação e modificação na expressão gênica.

O hábito de fumar, o uso de esteróides e certas drogas também influenciam as funções genéticas por interagir química ou fisicamente com o DNA.

O estilo de vida e exposição ambiental geralmente é diferente entre as pessoas por mais próximas que sejam.

A metilação do DNA e a modificação nas histonas se distribuem pelo genoma e são mais distintas quando os gêmeos idênticos envelhecem e têm diferentes modos de vida.

Isto leva aos fatores ambientais serem responsáveis por mudanças em um mesmo genótipo para diferentes fenótipos.

Existem enzimas que removem os grupos metilas das histonas modificando-as de tal modo que podem induzir a repressão de genes.

Estas diferenças epigenéticas também levam a diferente susceptibilidade a doenças como o câncer, artrites, depressão de desordens psíquicas e emocionais.

Hoje se sabe que enquanto o genoma é o mesmo em nossas células, o epigenoma é diferente em cada uma dos 250 tipos de células diferentes que formam o ser humano.

Fonte: artigo: Eloi S. Garcia,

Jornal da Ciência - SBCP

sábado, 31 de janeiro de 2009

CINCO MITOS SOBRE O METABOLISMO

Frequentemente culpamos o "metabolismo lento" pela nossa incapacidade de controlar o peso. Mas, o que é exatamente o metabolismo? E existe algo que possamos fazer para alterar nossa taxa metabólica?

"O metabolismo tem relação com todos os processos químicos que ocorrem no organismo com a finalidade de sustentar a vida – processos que nos permitem respirar, bombear o sangue, manter o cérebro funcionando e extrair energia dos alimentos", explica Susan Bowerman, MS., R.D., C.S.S.D. e consultora da Herbalife. "Sua taxa metabólica básica refere-se a quantidade de calorias que o corpo usa diariamente, em descanço, somente para manter os órgãos vitais em funcionamento.

A taxa metabólica está diretamente relacionada com a composição do corpo. Cada libra (aproximadamente 454 gramas) de gordura corporal de uma pessoa queima aproximadamente duas calorias ao dia. Porém, o restante de seu corpo – a massa corporal magra - queima em torno de 14 calorias por libra ao dia. Uma grande parte da massa magra é formada por músculos, dessa forma, uma das melhores coisas que se pode fazer para acelerar o ritmo de seu metabolismo é aumentar e fortalecer os músculos por meio de exercícios. E assegurar-se de ingerir quantidades adequadas de proteínas em sua dieta, as quais também ajudam a construir e manter os músculos.
Estes são os fatos em torno de cinco mitos sobre o metabolismo:

Mito: O metabolismo se torna mais lento com a idade.
Verdade: As pessoas tendem a ganhar peso com a idade, mas, em geral isso se deve ao fato que tendem a fazer menos exercício ou com menor intensidade que antes - e isso significa que queimam menos calorías diariamente. Como consequencia, podem ocorrer perdas de massa muscular, reduzindo a massa corporal magra e com isso também o ritmo metabólico se torna mais lento. O exercício cardiovascular para queimar calorias e musculação para aumentar ou manter a musculatura são as principais defesas contra o ganho de peso com a idade.
Mito: Você não pode alterar o metabolismo que já dispõe.
Verdade: Embora possa parecer que existem pessoas que comem o tempo todo e nunca parecem ganhar peso, é provável que naturalmente fazem escolhas mais saudáveis e relativamente com baixas calorias. Muitos desses "felizardos" também queimam mais calorias simplesmente porque eles se movimentam mais, andam mais, ou levantam-se de suas poltronas freqüentemente durante o dia para alongar, ou atravessar o corredor para falar com um colega, em vez de enviar uma mensagem eletrônica. Portanto, se você tomou a decisão de acelerar o seu metabolismo, aumentando seus músculos, use mais esses músculos para se deslocar com mais freqüência ao longo do dia.

Mito: Você queima mais calorias para digerir comidas e bebidas geladas do que as que estão em temperatura ambiente ou quentes.
Verdade:
Em um laboratório foi medido ligeiro aumento na queima de calorias em pessoas que tomam bebidas muito frias. Mas a mudança é muito pequena (cerca de 10 calorias a mais por dia) para ter um efeito significativo sobre a perda de peso.

Mito: Se você reduzir a ingestão de calorias, a taxa metabólica é lenta, portanto, qual é o ponto?
Verdade
: É verdade que a taxa metabólica pode ser um pouco mais lenta quando você reduz as calorias: a tendência natural do organismo é tentar conservar calorias da melhor forma possível. Mas estas reduções são relativamente pequenas, e se você está mais ativo para perder peso, pode compensar estas pequenas alterações. Com uma combinação de dieta e exercício, pode manter a velocidade na qual o organismo queima calorias.

Mito: Se você parar de comer à noite, quando o metabolismo é mais lento, você perde mais peso.
Verdade:
Quando as pessoas perdem peso porque deixam de comer depois de uma certa hora do dia, é só porque reduziram o seu consumo geral de calorias, e não porque elas comem suas calorias horas mais cedo. Consumir todas as suas calorias antes do pôr do sol não acelerará a perda de peso a menos que você também coma menos calorias de que precisa.
FONTE Herbalife Ltd.
LOS ANGELES--(BUSINESS WIRE)--Jan. 15, 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Terceira idade: tempo de aposentadoria sexual?

A crença de que há um momento da vida em que, em decorrência da idade, o desejo simplesmente acaba, alimenta preconceitos sobre as alterações fisiológicas próprias do processo de envelhecimento e alimenta tabus

A sexualidade é ainda hoje um tema que provoca muitos conflitos para a maioria das pessoas e quando falamos em sexo na terceira idade os mitos e tabus associados são ainda maiores. Acredita-se que tanto homens como mulheres ao chegarem a determinado momento da vida deixarão de ter desejo e, consequentemente, vida sexual. Tais crenças alimentam-se, em grande parte, da ignorância sobre o funcionamento sexual e das alterações decorrentes de processos fisiológicos inerentes ao envelhecimento.

O envelhecer é uma mudança constante e gradual que afeta os indivíduos de maneira integral, modificando seu corpo, seu psiquismo e a forma como se relaciona com todos ao seu redor. Obviamente, sua vida sexual também se transforma, mas não deixa de existir.

Umas das principais mudanças relativas a esse processo é a queda do nível de hormônios. Este fenômeno, no caso das mulheres, é conhecido como climatério e pode provocar sintomas, como irregularidade dos ciclos menstruais, incontinência urinária, ondas de calor, alterações de humor, diminuição do desejo sexual, ressecamento e menor elasticidade vaginal. Essa fase se encerra, mas não necessariamente seus sintomas, quando a menopausa marca o fim da fertilidade feminina.



No caso do homem, a capacidade reprodutiva não se extingue, porém a baixa de testosterona, conhecida como andropausa, pode levar a uma redução do desejo sexual, uma menor capacidade de ereção, diminuição da produção de esperma e decréscimo na intensidade da ejaculação. O idoso experimenta um período refratário mais longo, necessitando de algumas horas para conseguir, se assim desejar, uma segunda ereção. Todo o processo de excitação sexual, feminino e masculino, tende a ser mais lento à medida que a idade aumenta. É preciso uma estimulação direta, mais duradoura e intensa para que ocorra a ereção e a lubrificação vaginal.

É natural que este declínio no vigor físico nos leve a crer que não existam mais condições para o ato sexual - o que é um grande engano, pois há surgem novas formas de viver a sexualidade. Se antes os homens tinham seu prazer centrado em seus genitais, ao envelhecer deparam com a necessidade de explorar outras fontes de satisfação sexual como, por exemplo, dando vazão às fantasias eróticas, prolongando as carícias no corpo de sua parceira e permitindo que ela explore diferentes regiões de seu corpo.

Essa nova maneira de experimentar o encontro sexual poderá aproximar o homem da sexualidade feminina, na qual as determinantes psíquicas sempre foram um forte componente para a satisfação e o prazer durante o encontro sexual. Reconhecendo, aceitando e adaptando-se a essas modificações, homens e mulheres poderão desenvolver uma grande intimidade consigo mesmo, como o outro e degustar novos e diferentes sabores da vida a dois.

Por Cristina Romualdo, psicóloga, psicodramatista e terapeuta sexual; mestre em ciências da saúde pela Unifesp, escreveu Masturbação (Expressão e Arte, 2004) e é co-autora de Sexualidade na família (Expressão e Arte, 2007).

Enquanto hesitamos em tomar uma decisão, o cérebro escolhe por nós



O que você vai fazer depois de ler esse texto? Você pode não saber ainda, mas seu cérebro provavelmente sabe. Um novo estudo mostra que padrões de atividade cerebral podem revelar que opção uma pessoa vai fazer bem antes de ela esteja consciente de sua escolha. Uma equipe coordenada pelo pesquisador John-Dylan Haynes, do Centro Bernstein para Neurociência Computacional de Berlim, examinou funcionamento cerebral de voluntários que seguravam um botão em cada mão e recebiam instruções para apertar um deles quando quisessem. A dinâmica neural indicava aos cientistas que mão os participantes iam usar até dez segundos antes de os voluntários estarem cientes de que já tinham tomado uma decisão.

Segundo Haynes, pesquisas anteriores mostraram atividade relacionada ao movimento antes da intenção consciente com antecedência de uma fração de segundo, mas esse estudo é o primeiro a mostrar a ativid ade inconsciente de previsão numa região associada com a tomada de decisões - o córtex pré-frontal. "Os resultados apóiam a noção de que a atividade inconsciente do cérebro vem primeiro; a experiência consciente sobrevém como resultado", diz Patrick Haggard da University College London, que não está envolvido com o estudo. "Em geral, as pessoas pensam que têm um livre arbítrio consciente. No entanto, esse estudo mostra que as ações podem vir padrões de atividade cerebral pré-conscientes."

sábado, 3 de janeiro de 2009

Eletromedicina



Eletromedicina é um campo da medicina que utiliza tecnologia eletrônica e energética para facilitar a cura.

O corpo é primeiramente elétrico e a eletricidade é encontrada naturalmente em todos nós e controla a função de cada célula de nossos corpos.

Uma variedade de impulsos elétricos em nossos corpos ajuda facilitar todas as funções corporais incluindo as ações necessárias para a manutenção, cura e a regeneração da saúde.

Programando as células do corpo com os impulsos elétricos harmônicos que ocorrem em um estado de saúde perfeito, nós podemos ajudar a disparar, provocar e dirigir estes impulsos.

Igualmente importante, é o fato que nós temos cérebros energéticos “elétrico-carregados”: todos nossos pensamentos e percepções consistem em complexas redes de campos energéticos e sinais elétricos, que pulsam e fazem uma varredura por todo o cérebro e o sistema nervoso.

Assim, faz o sentido que a revitalização harmônica e elétrico das células e as funções do cérebro podem trabalhar para equilibrar e melhorar seu estado mental e emocional.

O FUTURO É AGORA!